sábado, 11 de junho de 2011

O Brasil será uma nova África do Sul?

Renato Ribeiro, repórter do Globo Esporte, voltou à África do Sul um ano depois da Copa do Mundo para ver o que um dos maiores eventos do planeta trouxe de benefícios e de prejuízos para o país.

Uma grande jogada foi o Soccer City, o estádio que recebeu a abertura e a final, e que, de acordo com o repórter, tem sido utilizado praticamente toda semana:


Já outros estádios parecem ter se tornado verdadeiros “elefantes brancos” e exemplos de grande desperdício de recurso público:
 

4 comentários:

  1. Foi arriscado escolher cidades como Natal, Brasilia e Manaus como sedes exatamente porque os estadios vao ficar sem uso depois da Copa, pois sao cidades onde o futebol nao tem muita historia nem bons times.. Pra que doze sedes? Em nenhuma Copa teve tanta cidade..

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  2. Só o Brasil pode deixar de produzir 1,22 bilhão de dólares se apenas metade dos trabalhadores pararem para assistir os jogos. O valor poderia ser maior, mas a produtividade no país é baixa. Quando se divide a produção de cada um por hora trabalhada o valor é de 7,28 dólares. Nesse quesito, temos que assumir que Argentina bate um bolão sobre os brasileiros: são 16,13 dólares por hora.

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  3. A Copa do Mundo da África, gerou um prejuízo de R$ 2 bilhões, projetam pequenos, médios e grandes empresários. De acordo com dados do Serasa Experian, no período dos jogos da seleção brasileira na competição, houve queda de 90% nas consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) em comparação com a dias normais. O problema é que não foram apenas as lojas que fecharam. Indústrias, escritórios e profissionais liberais também ligaram a televisão ou o rádio e fizeram o Brasil perder cerca de R$ 2 bilhões, segundo um levantamento feito pela consultoria suíça IMD. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Brasil teve um prejuízo de R$ 85 milhões em produtos como bandeiras, camisas e vuvuzelas que não foram vendidas a partir da eliminação nas quartas-de-final pela Holanda.

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  4. Inúmeras podem ser as vantagens que posteriormente ao evento vão beneficiar a vida da população. É lógico, que talvez algumas obras em determinados estados podem ser utilizadas com menor freqüência, se tornando “elefantes brancos”, como alguns autores denominam, mas sem dúvida acredito que os investimentos em infraestrutura que são necessários para que o país possa receber um evento de tal magnitude acarretarão em uma expressiva melhora na qualidade de vida de todos nós brasileiros.
    Melhores rodovias, rede hoteleira mais ampla, estádios mais modernos, alojamentos que ulteriormente podem volver habitações públicas, transporte público hodierno e rápido, aeroportos amplos e com maiores demandas, enfim, tudo isso levará a uma antecipação do processo de melhoria da infraestrutura do nosso país que provavelmente não teríamos idéia de quando ocorreria. O acontecimento obriga as autoridades a tomar as devidas providências e as força a efetuar as devidas melhorias para não ficarem expostas e criarem falsas expectativas sobre a ocorrência, podendo caso não tomem as medidas cabíveis, serem alvo de severas criticas de grande parte da mídia e população mundial.
    Os recursos públicos em minha opinião devem ser investidos em obras que sejam necessárias para a realização do evento, mas que beneficiará tão somente a população e não instituições privadas. Um bom exemplo a ser citado a respeito do assunto são as arenas a serem construídas, as que não pertencem ao estado, que são de clubes (privadas), devem também receptar recursos privados para sua edificação, porque ela beneficiará exclusivamente aquele setor, aquele determinado alvo, não acarretando em maiores déficits para o estado.
    Segundo o ministro dos esportes, Orlando Silva, os preparativos para a Copa de 2014 seguem conforme o cronograma previsto e admitiu que a área de maior preocupação é a de transportes, "porque as obras deveriam ser iniciadas em 2011", mas lembrou que o modelo de gestão de aeroportos adotado pela presidenta Dilma Roussef deverá agilizar as obras de modernização em todas as cidades-sede. Isso respalda o que foi abordado acima, deixando claro que os investimentos efetuados com recurso público acarretarão em benefícios para grande parte da povoação.


    LUCAS COIMBRA DONÁDIA
    16/07/2011

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